Aqui está a continuação prometida, com o conteúdo do jornal-laboratório Zero, editado pelo Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina e publicado em 1987.
O jornal traçou, naquele ano, um diagnóstico de Florianópolis, resgatando fatos históricos e prospectando o futuro da cidade. Como curiosidade, temos uma matéria da estudante Sônia Bridi, que hoje é repórter da Rede Globo baseada na França.
Se você não leu a primeira parte deste material, clique AQUI.
Na seqüência [página 9], sob a cartola "Desterro já era", as autoras da matéria – Tina Yoshizato e Paula Remísio – traçam um diagnóstico interessante sobre as mudanças ocorridas entre 1937 e 1987. Principalmente as transformações comportamentais e econômicas. Diminuiu o tamanho das famílias, a pesca se reduziu e o turismo passou a ser o foco. A fundação da UFSC é citada como um marco divisor. "A cidade passou a ter um caráter mais universal e a universidade federal desempenhou um papel fundamental neste quadro, devido à grande injeção de recursos para o pagamento de funcionários, transformando o mercado imobiliário e de serviços, além de ter atraído para a Ilha muitos profissionais, que vieram desempenhar funções de professor ou pesquisador (...)".
Sobre o turismo, diz o texto: "O contato com turistas gerou transformações sociais e econômicas muito sérias na sociedade receptiva – no caso, dos florianopolitanos –, além de forçar a criação de uma nova identidade cultural. O local se adapta para atender a essa variedade de pessoas, passando de comunidade agrícola-pesqueira a estância turística e os bens passam a ter, cada vez mais, valor de troca e não mais valor de uso" (...).
A página 10 faz um passeio fotográfico pelo antigo Miramar, demolido por volta de 1973. Sob o título "Soterrado pelo homem", diz o texto que "amarra" as fotos: "O Miramar era o fim e a continuação da cidade. O local para um chá, um encontro. Em seu lugar, um terminal de ônibus.
Depois de uma análise sobre a renovação das artes plásticas – centrada numa entrevista com o mestre Harry Laus –, outra página [a 12] resgata fotograficamente alguns aspectos da cidade, com ênfase na destruição da vida portuária que girava na Baía Sul, da região do mercado à Rita Maria.
A questão cultural volta a ser discutida na página 13. Neste caso, a literatura e a chegada tardia do modernismo a Santa Catarina – quase 30 anos depois que fora lançado em São Paulo. A ênfase é relacionada ao Grupo Sul e aos desdobramentos posteriores. O entrevistado é o professor e escritor Lauro Junkes, atual presidente da Academia Catarinense de Letras.
Depois de um belo balanço do esporte, o jornal chega a uma matéria especial de duas páginas, cujo tema é o trabalho de dois grandes fotógrafos documentaristas da cidade, Valdemar Anacleto e Nestor Fernandes. As imagens são belíssimas: embora meu Zero esteja bem amarelado, é impossível não se encantar com as fotos de Fernandes publicadas nas páginas 16 e 17. Era outra Florianópolis, uma aldeia intraduzível.
A Lagoa é o tema das páginas 18 e 19. Na 20, as rendeiras, na 21, o desaparecimento da pesca artesanal já naquela época (1987).
A devastação ambiental está na página 23. "Matas nativas quase exterminadas", diz o título. "Desmatamento indiscriminado ameaça a ilha", completa a cartola. A matéria de Luciene Abdo compõe um diagnóstico sintético da questão, centrando mais o tema na destruição dos manguezais, com destaque para a Bacia do Itacorubi, prejudicada pela invasão urbanística dos anos 1950 em diante. Explica também que os manguezais do Rio Ratones e do Saco Grande também acabaram reduzidos, em função da implantação da SC-401, que atraiu a urbanização crescente.
La Bridi
A matéria de Sônia Bridi, hoje uma celebridade internacional do jornalismo, está na página 27, sob o título "População cresceu dez vezes", referindo-se ao período dos 50 anos anteriores à publicação da reportagem. "Entre 1940 e 1980, a população de Florianópolis passou de 46 mil para 187 mil habitantes oficiais", registrava a futura repórter da Globo. "O responsável por este aumento populacional em quase cinco vezes foi o fluxo migratório. Somente entre 1970 e 1980, 67 mil pessoas chegaram à ilha, fixando residência no município. Dessas, 26 mil vieram do interior de Santa Catarina. As outras deslocaram-se de todos os estados e territórios do Brasil. O maior número de migrantes veio do Rio Grande do Sul: 4.200, seguido pelo Rio de Janeiro, com 2.800, Paraná, 3.100 e São Paulo, com 2.300".
O jornal encerra com uma crônica absolutamente surreal, escrita pelo jornalista [e professor] Carlos A. Locatelli. Intitulada "Híbridos", a criação de Locatelli remete Florianópolis para cinco décadas depois [o ano de 2.037], prevendo graves transformações para a Ilha de Santa Catarina. Não sei até que ponto o Locatelli reagiria republicação dessa crônica hoje em dia, passados 20 anos. Como não tenho autorização dele para reproduzi-la, copio só um pedaço, que é para atiçar o apetite: "Florianópolis continua quase a mesma. Quase, porque o Cruz e Sousa foi pintado de vermelho na virada do século, o Morro da Cruz se transformou numa enorme pedreira e a Ponte Hercílio Luz caiu durante a cerimônia de comemoração de seu centenário. A figueira da Praça 15 também mudou. Da imensa árvore só restam cinzas, fruto de um torcedor avaiano exaltado com a conquista do estadual, após um jejum de 50 anos. Mas a Felipe ainda está aí, com o Senadinho, cheio de gente sem fazer nada. Só falando em política e olhando as mulheres nuas que passam".
sábado, 14 de julho de 2007
segunda-feira, 9 de julho de 2007
O que eles disseram...
... há 31 anos e continua do mesmo jeito
“O que falta é ação e não mais papel em nível de planejamento. O que falta é completar o trabalho e não substituí-lo por outro, certamente com as mesmas imperfeições”. “Uma sociedade urbanizada, operada pela tecnologia, não pode encontrar soluções simplistas para seus problemas, nem tão pouco esperar que a velocidade do processo de racionalização encontre no ‘status’ político dos Estados e Mnicípios, condições para profundas transformações que têm de sofrer para o indispensável equilíbrio, planejamento e execução”.
Arquiteto Luiz Felipe Gama d’Eça, no caderno Brazil, Capital Desterro, publicado pelo jornal O Estado, em 14 de maio de 1976.
“A orientação urbanística que tem sido dada a Florianópolis pode ser classificada de catastrófica, desumana e sem esperança. Um grande patrimônio foi destruído. Florianópolis tinha tudo para ocupar um lugar de destaque entre as tradicionais cidades brasileiras, como as coloniais mineiras, São Luiz, Parati e Salvador, além de estar rodeada por paradisíaca paisagem. Hoje, restam poucos e valiosos conjuntos arquitetônicos, como os da vila de Santo Antônio de Lisboa e do Ribeirão da Ilha, que devem urgentemente ser tombados e recuperados”.
Artista plástico Martinho de Haro, no mesmo suplemento especial.
“Há que preservar na memória casas coloniais, esses quintais regados de frutas em que donzelas esperavam por seus príncipes, esses verdes que estão sendo destruídos, mortos num desvario sem fim, numa insana fome financeira, como se a natureza, a paisagem, fosse algo, não para ser preservado ou danificado, mas algo que se pudesse violentar continuamente para satisfazer o espírito argentário dos novos ricos...
... Nosso canto deve ser mais forte que essa ambição predatória, saia para a rua, meu filho, é hora: cantarão o terno de reis, veremos o pau de fita e depois virá o boi de mamão, os balões subirão azuis, vermelhos, amarelos e depois cairão nestas chácaras de belas frutas maduras ou neste mar de velas brancas. E no final da tarde, numa tarde de maio, São Francisco descerá em nossas praias e orará por nós”.
Escritor Emanuel Medeiros Vieira, idem.
“O que falta é ação e não mais papel em nível de planejamento. O que falta é completar o trabalho e não substituí-lo por outro, certamente com as mesmas imperfeições”. “Uma sociedade urbanizada, operada pela tecnologia, não pode encontrar soluções simplistas para seus problemas, nem tão pouco esperar que a velocidade do processo de racionalização encontre no ‘status’ político dos Estados e Mnicípios, condições para profundas transformações que têm de sofrer para o indispensável equilíbrio, planejamento e execução”.
Arquiteto Luiz Felipe Gama d’Eça, no caderno Brazil, Capital Desterro, publicado pelo jornal O Estado, em 14 de maio de 1976.
“A orientação urbanística que tem sido dada a Florianópolis pode ser classificada de catastrófica, desumana e sem esperança. Um grande patrimônio foi destruído. Florianópolis tinha tudo para ocupar um lugar de destaque entre as tradicionais cidades brasileiras, como as coloniais mineiras, São Luiz, Parati e Salvador, além de estar rodeada por paradisíaca paisagem. Hoje, restam poucos e valiosos conjuntos arquitetônicos, como os da vila de Santo Antônio de Lisboa e do Ribeirão da Ilha, que devem urgentemente ser tombados e recuperados”.
Artista plástico Martinho de Haro, no mesmo suplemento especial.
“Há que preservar na memória casas coloniais, esses quintais regados de frutas em que donzelas esperavam por seus príncipes, esses verdes que estão sendo destruídos, mortos num desvario sem fim, numa insana fome financeira, como se a natureza, a paisagem, fosse algo, não para ser preservado ou danificado, mas algo que se pudesse violentar continuamente para satisfazer o espírito argentário dos novos ricos...
... Nosso canto deve ser mais forte que essa ambição predatória, saia para a rua, meu filho, é hora: cantarão o terno de reis, veremos o pau de fita e depois virá o boi de mamão, os balões subirão azuis, vermelhos, amarelos e depois cairão nestas chácaras de belas frutas maduras ou neste mar de velas brancas. E no final da tarde, numa tarde de maio, São Francisco descerá em nossas praias e orará por nós”.
Escritor Emanuel Medeiros Vieira, idem.
“A Ilha Careca”
Hercílio Luz, há 50 anos (*), elaborou um plano para o crescimento da cidade, na tentativa de transformá-la numa capital de fato, não apenas de direito. Seu projeto ficou no primeiro passo, a construção da ponte. Durante os anos 40 e 50 Florianópolis foi uma cidade sonolenta, eventualmente desperta pelo apito de um ou outro navio em busca de seu porto, de resto já sem qualquer importância. Uma única função ocupava seus habitantes: o Governo do Estado, fato que provocava reações nas prósperas e febris cidades do interior. Não foram poucas as vezes em que se cogitou seriamente da transferência da capital para Lages, para Blumenau, para Joinville, até para uma brasiliesca Catarínea, a ser construída no Planalto. Nem foram poucas as vezes em que as cabeceiras da ponte foram escavadas na procura da caveira de burro que, enterrada na entrada da cidade, impediria seu progresso.
A instalação da Universidade Federal em 1962 produziu um fenômeno até então inédito: a vinda de pessoas do interior e mesmo de outros Estados para viver em Florianópolis. Os ilhéus já não precisavam enviar seus filhos para Curitiba ou Porto Alegre em busca de um diploma. Florianópolis ensaiava um novo papel, o de centro polarizador.
A década de 60 presenciaria uma explosão. Para espanto de seus incrédulos e irônicos habitantes, a cidade começou a crescer. O elevador do Ipase já não atraía curiosas multidões. Outros edifícios surgiam como o Palácio das Diretorias, pronto em 61, após consumir décadas de arrastada construção. O Oscar, o Royal e o Querência destronavam o Laporta Hotel como palco das grandes visitas. Mas faltavam estradas, as comunicações eram lamentáveis, o asfaltamento da ponte enervou a cidade durante doze sofridos anos de fila, a fila da ponte, que virou palavrão.
Em 69, tudo pronto. A BR-59, rebatizada 101, estava pronta e, parecia mentira, o Morro do Encano foi aposentado. Ao mesmo tempo, as torres da Embratel, no Morro da Cruz, já faziam enlaces com microondas vindas do resto do país. Em julho daquele ano, Florianópolis assistiu pela televisão o desembarque de Neil Armstrong no Mar da Tranqüilidade, Lua. Imagens ruins, é verdade, chuviscos e temporais, que captávamos apenas os canais de Porto Alegre. No ano seguinte, porém, a TV Cultura, recém-inaugurada, transmitia triunfante a partida final Brasil x Itália na Copa de 70.
A explosão imobiliária já tinha começado. Um após outro, os velhos casarões foram sendo postos abaixo para dar lugar a edifícios. Desapareceram as chácaras que sombreavam e enverdeciam a cidade. A Praia de Fora foi sumariamente aterrada para dar lugar à Avenida Beira-Mar Norte. Os automóveis se multiplicaram, as ruas engarrafadas, as filas da ponte eram acusadas de levar a cidade à loucura coletiva, precisava-se de nova ponte. Ainda mais depois que Adolfo Zigelli, no programa radiofônico “Vanguarda”, líder absoluto de audiência, estarreceu a todos com a divulgação de documento enviado pelo governo americano ao Brasil, no qual se dizia claramente que a velha e fatigada Hercílio Luz poderia desabar a qualquer momento. Projetou-se a nova ponte, aterrou-se o mar adjacente ao centro, desapareceu a Ilha do Carvão, desapareceu o Miramar, surgiram autopistas. Florianópolis virou Meca, virou o sonho de todo fugitivo das grandes metrópoles. A especulação elevou aluguéis e terrenos até níveis estratosféricos.
Hercílio Luz tinha um plano para que Florianópolis se integrasse ao Estado e se tornasse um centro polarizador.
Seu plano, porém, ficou na ponte.
Depois, a cidade cresceu desordenadamente, caótica e imaginou-se um Plano Diretor que orientasse esse crescimento. O plano foi elaborado, mas durante seis anos assistiu-se às marchas e contramarchas que caracterizavam sua aprovação final. Neste período, Florianópolis transfigurou-se. Mas ainda há tempo para impedir que ela se torne mais um centro desumanizado, neurotizante. Isso talvez seja possível, se soubermos olhar o passado e dele extrair lições para que do futuro não se joguem pedras contra nós.
(*) Feita a conta, o período a que se referiu o redator remetia ao ano de 1926.
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Este texto foi extraído do caderno especial “Brazil, Capital Desterro”, publicado pelo jornal O Estado em 14 de maio de 1976, sendo parte da Exposição Ars Artis – 250 Anos de Cultura, inaugurada no dia anterior no ARS (Centro Comercial Aderbal Ramos da Silva).
Não há informações sobre o autor do texto.
A equipe que elaborou o suplemento:
Max Moura, Murilo Pirajá Martins, Rômulo Coutinho de Azevedo, Elaine Borges, Sérgio Roberto Stodieck (Beto Stodieck), Gilberto Gerlach, Walmor Oliveira, Luiz Paulo Peixoto, Orestes Araújo, Marcos Aurélio Homem (Piranha), Ury Azevedo, Hadilson Savi, Hugo Andreotti, Velmo Teixeira, João Carlos Bernardon, Jorge José Fernandes, Marcos Bayer, Maria Lúcia Luenenberg, Denise Richard, Mário César Evangelista.
Colaboraram: Oswaldo Rodrigues Cabral, Franklin Cascaes e Iaponan Di Soares.
Patrocínio: Grupo Hoepcke e Grupo Maguefa.
Anunciantes: Habitasul Crédito Imobiliário S.A., Caderneta de Poupança Apesc, A Modelar, Molduras Tico-Tico, Besc Financeira S.A. e jornal O Estado.
A instalação da Universidade Federal em 1962 produziu um fenômeno até então inédito: a vinda de pessoas do interior e mesmo de outros Estados para viver em Florianópolis. Os ilhéus já não precisavam enviar seus filhos para Curitiba ou Porto Alegre em busca de um diploma. Florianópolis ensaiava um novo papel, o de centro polarizador.
A década de 60 presenciaria uma explosão. Para espanto de seus incrédulos e irônicos habitantes, a cidade começou a crescer. O elevador do Ipase já não atraía curiosas multidões. Outros edifícios surgiam como o Palácio das Diretorias, pronto em 61, após consumir décadas de arrastada construção. O Oscar, o Royal e o Querência destronavam o Laporta Hotel como palco das grandes visitas. Mas faltavam estradas, as comunicações eram lamentáveis, o asfaltamento da ponte enervou a cidade durante doze sofridos anos de fila, a fila da ponte, que virou palavrão.
Em 69, tudo pronto. A BR-59, rebatizada 101, estava pronta e, parecia mentira, o Morro do Encano foi aposentado. Ao mesmo tempo, as torres da Embratel, no Morro da Cruz, já faziam enlaces com microondas vindas do resto do país. Em julho daquele ano, Florianópolis assistiu pela televisão o desembarque de Neil Armstrong no Mar da Tranqüilidade, Lua. Imagens ruins, é verdade, chuviscos e temporais, que captávamos apenas os canais de Porto Alegre. No ano seguinte, porém, a TV Cultura, recém-inaugurada, transmitia triunfante a partida final Brasil x Itália na Copa de 70.
A explosão imobiliária já tinha começado. Um após outro, os velhos casarões foram sendo postos abaixo para dar lugar a edifícios. Desapareceram as chácaras que sombreavam e enverdeciam a cidade. A Praia de Fora foi sumariamente aterrada para dar lugar à Avenida Beira-Mar Norte. Os automóveis se multiplicaram, as ruas engarrafadas, as filas da ponte eram acusadas de levar a cidade à loucura coletiva, precisava-se de nova ponte. Ainda mais depois que Adolfo Zigelli, no programa radiofônico “Vanguarda”, líder absoluto de audiência, estarreceu a todos com a divulgação de documento enviado pelo governo americano ao Brasil, no qual se dizia claramente que a velha e fatigada Hercílio Luz poderia desabar a qualquer momento. Projetou-se a nova ponte, aterrou-se o mar adjacente ao centro, desapareceu a Ilha do Carvão, desapareceu o Miramar, surgiram autopistas. Florianópolis virou Meca, virou o sonho de todo fugitivo das grandes metrópoles. A especulação elevou aluguéis e terrenos até níveis estratosféricos.
Hercílio Luz tinha um plano para que Florianópolis se integrasse ao Estado e se tornasse um centro polarizador.
Seu plano, porém, ficou na ponte.
Depois, a cidade cresceu desordenadamente, caótica e imaginou-se um Plano Diretor que orientasse esse crescimento. O plano foi elaborado, mas durante seis anos assistiu-se às marchas e contramarchas que caracterizavam sua aprovação final. Neste período, Florianópolis transfigurou-se. Mas ainda há tempo para impedir que ela se torne mais um centro desumanizado, neurotizante. Isso talvez seja possível, se soubermos olhar o passado e dele extrair lições para que do futuro não se joguem pedras contra nós.
(*) Feita a conta, o período a que se referiu o redator remetia ao ano de 1926.
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Este texto foi extraído do caderno especial “Brazil, Capital Desterro”, publicado pelo jornal O Estado em 14 de maio de 1976, sendo parte da Exposição Ars Artis – 250 Anos de Cultura, inaugurada no dia anterior no ARS (Centro Comercial Aderbal Ramos da Silva).
Não há informações sobre o autor do texto.
A equipe que elaborou o suplemento:
Max Moura, Murilo Pirajá Martins, Rômulo Coutinho de Azevedo, Elaine Borges, Sérgio Roberto Stodieck (Beto Stodieck), Gilberto Gerlach, Walmor Oliveira, Luiz Paulo Peixoto, Orestes Araújo, Marcos Aurélio Homem (Piranha), Ury Azevedo, Hadilson Savi, Hugo Andreotti, Velmo Teixeira, João Carlos Bernardon, Jorge José Fernandes, Marcos Bayer, Maria Lúcia Luenenberg, Denise Richard, Mário César Evangelista.
Colaboraram: Oswaldo Rodrigues Cabral, Franklin Cascaes e Iaponan Di Soares.
Patrocínio: Grupo Hoepcke e Grupo Maguefa.
Anunciantes: Habitasul Crédito Imobiliário S.A., Caderneta de Poupança Apesc, A Modelar, Molduras Tico-Tico, Besc Financeira S.A. e jornal O Estado.
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